Sermão para o final do ano

T: Apoc. 12, 13-18

L: Salmo 124

Queridos irmãos em Cristo Jesus,

As revelações feitas em Apocalipse 12 nos mostram que a história desse mundo tem dois lados. O lado visível e o lado invisível. Ontem – pelas retrospectivas do ano – nós podíamos ver as coisas visíveis que aconteceram durante este ano de [2009]. Mas existe também um lado invisível: um lado espiritual. Jesus Cristo conhece este lado e nos informa sobre este lado aqui em Apocalipse 12. Ele nos revelou o lado invisível no dia do Natal: a guerra nos corredores de Natal; Ele nos revelou o lado invisível depois da sua Ascensão: a batalha que houve no céu. E no final ele nos revela o que vai acontecer no final dos tempos: A luta espiritual entre Satanás e a igreja de Cristo.

Agora, irmãos, lendo Apocalipse 12, nós podemos notar um detalhe interessante a respeito do final dos tempos. Existem três expressões diferentes a respeito desse tempo neste capítulo. A primeira indicação está em vs. 6, que diz que Deus sustentará a mulher no deserto durante mil duzentos e sessenta dias; a segunda indicação está em vs. 12, que diz que o Dragão chegou na terra sabendo que pouco tempo lhe resta; e a terceira indicação está em vs. 14, que repete vs. 6 e diz que Deus sustentará a mulher no deserto durante um tempo, tempos e metade de um tempo. Três expressões diferentes para indicar o final dos tempos. Três expressões diferentes, porque são feitas de três pontos de vista diferentes. Do ponto de vista da Igreja, do ponto de vista do Diabo e do ponto de vista de Deus.

JESUS TRAZ CONSOLO PARA A SUA IGREJA NO FINAL DO ANO de [2014] OBSERVANDO O FINAL DOS TEMPOS.

  • O Final dos tempos será longo e difícil para a igreja;
  • O Final dos tempos será curto para o Dragão;
  • O Final dos tempos será cortado por Deus;

 

Vamos observar a primeira expressão. Ela está ligada com a situação da mulher, que fugiu para o deserto e que será sustentada por Deus durante mil duzentos e sessenta dias. O texto fala sobre o tempo depois da ascensão de Cristo. Este tempo é contado em várias maneiras. Como já disse: vs. 14 diz um tempo, tempos e metade de um tempo; vs. 12 diz: pouco tempo; e vs. 6 diz: mil duzentos e sessenta dias; Todas às vezes se fala sobre o mesmo tempo. Mas de uma maneira diferenciada, porque o tempo é uma coisa relativa. Uma hora é nada para quem tem muitas coisas a fazer. A hora voa; mas uma hora é longa para quem está doente na cama e não tem nada a fazer. O tempo é relativo. Também nesse caso. Vamos ver!

Jesus nos revela que a mulher deve fugir para o deserto. O deserto serve como esconderijo!  O tempo no deserto deve ser considerado como o tempo num esconderijo. E o tempo num esconderijo é longo. Este tempo se conta em dias.

Li uma vez um livro sobre uma menina judaica, que estava num esconderijo durante a segunda guerra mundial. Anne Frank foi o nome dela. Ela estava num esconderijo por mais ou menos três anos. Foi muito tempo! Ela contava os dias. Todo dia foi longo porque nada aconteceu. E as poucas coisas que aconteceram, ela anotou no diário dela.

O deserto em Apocalipse 12 tem também um outro aspecto. A mulher fugiu para o deserto e isso nos lembra o livro de Êxodo. Israel também fugiu  para o deserto. O deserto era um esconderijo para Israel, mas também uma passagem para o país prometida. O tempo no deserto foi um tempo provisório. Um tempo que ia acabar. O tempo no deserto é um tempo cheio de esperança. E o tempo de esperança é também tempo longo. As crianças sabem disso. Muitas crianças estavam ansiosas para o final desse ano letivo: elas estavam esperando pelas férias! Parece que o tempo na escola anda muito lento. Algumas crianças já estavam contando os dias desde junho. Elas contaram os dias. [Tenho uma filha que completará ano no dia 21 de Janeiro e cada dia ela vem perto de me e me pergunta: quantos dias ainda? Ela está contando os dias, porque está cheia de esperança.]

            A igreja também! Já na época do apóstolo Pedro as pessoas estavam reclamando e perguntando (2 Pe. 3,4): Onde está a promessa da sua vinda? Pedro vivia nos primeiros anos depois da ascensão de Cristo; nós vivemos quase dois mil anos depois da ascensão de Cristo. Já não contamos mais os dias, talvez nem mais sejamos interessados na vinda de Cristo. Pensamos ...Para ler mais, clique aqui.